Olhares se cruzam, pés flutuam no céu de cimento...
As sirenes do velho castelo ainda não foram embora de mim.
Os medos são tantos...
Medo do chão,
dos hojes,
dos ontens...
e do medonho amor.
Agora tudo no azul da Terra é impiedade:
O chão com os nossos cacos cortantes,
Cada hoje que exige mais e mais amanhãs,
Cada ontem devorador,
E o amor que é feito do mesmo giz que desenha os sonhos.
Só uma coisa não dá mais medo do que tudo isso agora:
O duro silêncio dos nossos ecos.
- Anderson Ceia -
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